quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A Complexidade da Ausência

Recentemente li uma matéria que afirmava que praticamente todo o nosso universo era feito de nada. Essa ideia não é tão inovadora assim, mas o assunto é pertinente. Todos nós sabemos que a ciência comprova que toda matéria é formada por átomos. Cada átomo desse possui ao seu redor um elétron (sim, exatamente como você está imaginando e lembrando de filmes ou livros de escola) que gira ao seu redor em um espaço colossal dadas as devidas proporções, e um núcleo. O problema surge quando é calculada a diferença de tamanho destes três elementos. 
Imagine que um átomo é do tamanho de um campo de futebol. Seu núcleo seria mais ou menos do tamanho da unha do dedo mindinho do goleiro. O que há entre os dois? 
O elétron gira ao redor do átomo a uma distância de quase 1 trilhão de vezes o tamanho do núcleo. O que há entre os dois?
Isso mesmo. Um grande vazio.
Não sou nenhum físico, portanto há veracidade neste conteúdo, porém talvez não 100%.

Como vocês já devem ter percebido, eu gostaria de refletir sobre o nada. "Ah narigudinho, mas você não vai refletir sobre nada??" Não jovem padawan, pelo contrário, eu vou refletir sobre o nada.

O que é o nada? Segundo a introdução, é tudo. Tudo o que somos ou tocamos, é feito basicamente de nada. O elétron gira ao redor do átomo a uma distância inimaginável (vazio); o próprio átomo tem o seu núcleo como ínfimo, e, a parte que deveria ser matéria - o núcleo, nem ao menos tem um corpo sólido! WHAT??
Seguindo essa teoria seríamos feitos de nada. E de toda forma somos tudo. Ou estou errado?

O nada está presente nas nossas vidas desde a antiguidade. Eu imagino Júlio César ainda sem noção da tramoia que se formava contra a sua vida, andando pelo palácio romano, feliz por estar com uma saiota nova, uma sandália que não aperta, com uma taça de vinho na mão em direção ao jardim. Em um dia ensolarado, o político estava de bom humor. Lá encontra Brutus, que, absorto nos seus pensamentos e mutretas contra o imperador, não o percebe se aproximando. O patrício, sempre educado, ao ver o amigo contemplando o céu pergunta; "No que está pensando Brutus?" O pobre homem se assusta e com um sobressalto responde de supetão: "Nada senhor."

Vêem? O nada.

Quantas pessoas respondem a mesma coisa? Sempre estão fazendo nada, pensando em nada, falando nada, etc. Se somos feitos de nada e sempre estamos fazendo o nada, nossa vida é um imenso - adivinha só? Nada. 
Mas a verdade é que nunca estamos fazendo isso. Quando paramos pra refletir, sempre estamos fazendo algo, se não ativamente, estamos esperando algo acontecer para poder interagir. E para ser mais chato ainda, estamos respirando e transformando ATP em energia. Peguei pesado?
Mais longe do que parece
Nunca estamos sem pensar em nada. Nosso cérebro está em constante atividade, mesmo dormindo. A hora do sono na verdade é um dos momentos de mais atividades subconscientes do dia. Sempre estamos pensando no almoço, ou no dia de amanhã, ou em ontem e como poderíamos ter agido, construindo diálogos, cantando canções ou lendo este blog.
Dentro do Nada de Brutus, existia Tudo.
O que há dentro do seu Nada?

O Homem é cheio de vida, de intensidade, de vivência. O Nada não se aplica ao Homem. Mas talvez, o que há dentro do Nada sim.
Todos nós (me incluo certamente), tem os seus momentos de "não fazer nada". Mas mesmo ali, há uma profusão de acontecimentos que anulam o seu Nada. Nos nossos Nadas, aproveitamos pra refletir sobre nosso futuro, sobre ações tomadas, planejamentos e tudo o mais. Isso não é Nada. Isso é bastante coisa na verdade.
Nos importa saber o que há dentro do nosso Nada. Se ponderarmos, como já sabemos, vemos que dentro do nosso Nada há Tudo, então nossa mente pode vagar pelos caminhos mais distantes existentes. 
O problema se dá quando o nosso Nada não é Tudo e a recíproca não é verdadeira, ou seja existem limites impostos. 
O que há dentro do seu Nada?

Até tu Homem do Nada?
De fato se ouve muito pelo mundo que faz muito bem sonhar (planejar). Mas não é disso que estou tratando. Como o título diz, é muito mais complexo. Perceber que você possui um Nada dentro de si lhe dá duas alternativas de pensamento: se considerar um indulgente pobre coitado ou perceber as possibilidades de preenchimento deste Nada. O que você lê, fala, interage, com quem você conversa e ouve... Isso tudo vai dando molde ao Tudo existente no Nada. E, quem imaginaria? Quem recheia o Nada é você.


Ufa, um pouco filosófico demais? Sei que sim, mas para a aplicabilidade prática, podemos imaginar você. Sim leitor, você. Antes de dormir, no que você pensa? Ao esperar em uma fila com o celular descarregado, o que povoa a sua mente? Entre várias atrações culturais e de entretenimento na sua cidade ao mesmo tempo, qual você escolheria? Na sua casa, como você trata os laços familiares? Com o que você está preenchendo o seu Nada? 
Temos que lembrar que Nada traz uma ideia de infinitude - assim como o Tudo. 
O que há dentro do seu Nada?

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Recapeios e balançeios

Antes de começar a ler isso aqui, faça uma lista mental de quantas pessoas já lhe falaram, entre familiares e celebridades televisivas, que a vida vai lhe derrubar inúmeras vezes. As formas flexionadas desse chavão também valem, como: "A maior escola é a vida." Ou: "A vida não é um professor tão bom quanto seus pais." E etcetera. Anrram, gosto de escrever etcetera por extenso. Qualquer coisa nesse sentido.
Muito provavelmente, não lembrará de todas as pessoas. Isso porque ouvimos muito. Ouvimos mas não escutamos.
Com certeza, um só dia pode mudar nossas vidas. Podemos bater o dedo na quina da mesa, bem como podemos bater o carro, ou enfiar o dedo na tomada, ou ganhar na loteria. Desde a última vez que escrevi aqui, mudei bastante. 730 dias se passaram. 730 possibilidades diferentes. 730 dias de escolhas. 730 quedas. 730 levantamentos.
Mas a gente aprende, a vida é uma escola!
O fato de ouvir as pessoas não nos garante entendimento. Como pessoas numa igreja que ouvem um sermão mas não entendem nada de fato, ou um jovem que ouve as advertências da mãe e é imprudente da mesma forma. Exemplo mais próximo? Ok. Dentro de casa, no computador. Geralmente a televisão no cômodo ao lado fica ligada em algum canal. Ouvimos tudo o que falam ali, mas não entendemos patavinas. Porque não escutamos. Poréeeem, assim como um pequeno escoteiro para fazer fogo precisa treinar, também somos nós, incapazes de realizar feitos sem instruções. 
Imaginem um garotinho. Pode ser aquele gordinho do Up! Narcejaaaa! Se nunca viu Up!, imagina um garotinho qualquer. Mas você viu, óbvio. Quem não viu? Espero que tenha visto, vou falar dele. Enfim, garoto imaginado, próximo passo: pensem que ele tem todos os instrumentos: a palha, a lenha, a pederneira e o canivete. Mas... Ele não sabe bem o que fazer. Ele está sozinho, perdido na selva, mas teve aquele treinamento. Sabe apenas que o fogo vai pegar na lenha, e que em algum momento ele vai ter que assoprar, mas não lembra ao certo se é depois que sair a faísca ou só quando a fogueira estiver morrendo. Agora imaginem que começa a chover. E logo em seguida aparecem animais-selváticos-que-gostam-de-caçar-durante-a-chuva... 
É... a situação fica tensa pro nosso gordinho. Nervoso, com as mãos suadas, o suor escorrendo, sem saber o que fazer, com a lenha molhada e braço tremendo, de jeito nenhum o fogo ia sair. Na verdade não ia sair uma brasa. Nem ao menos uma faísca. Talvez saísse sangue do gordinho.
O que quero dizer é que: por mais que um dia cheguemos a escutar conselhos bons (Porque sim, existem conselhos maus, e como existem), não há garantia de que vamos nos dar bem na vida. Palestras motivacionais, panfletos emotivos, conversas e mais conversas. Tudo isso é tão.. Tão... Fluido. Etéreo. Intangível. Lindo, de fato, mas... Distante. Se o mini Kim Jong-un ali em cima tivesse treinado antes, queimado uns 3 hectares no treinamento, calejado as mãos usando a pederneira, esfolado o joelho se ajoelhando, muito provavelmente ele saberia como sair daquela situação. Ou prevenindo, ou remediando, tanto faz. Isso não seria muito importante ali, certo?

Último retrato.
A frase que pedi que trouxessem a memória não é nada mais do que verdadeira. A música do Alexandre Pires que não vai sair da cabeça de vocês até o fim do dia, também é uma verdade. Ouvimos isso sempre. A vida nos quebra, nos derruba, nos chuta e ainda cospe na nossa massa disforme no chão. O que não aprendemos em casa, aprendemos na rua, aprendemos na vivência. Essa verdade não é um daqueles clichês que de tanto serem repetidos acabam se tornando verdade. Não, é mais que isso. É, apenas... Verdade. Verdade estampada nas nossas caras em revistas, artigos, poesias, livros, etcetera. Opa.Estamos mais uma vez ouvindo. Mas... Será que escutando? Alô? Alguém aí?...
Aí vem a pergunta: "- Nem todos entendem, certo Narigudinho. Mas e aqueles que entendem e compreendem a profundidade dessa verdade, por que não se agarram a este fato com unhas e dentes e absorvem cada grama de sabedoria por osmose?"
Simplesmente pelo fato de que não adiantaria de nada. Poderíamos ler tudo e assistir 79 palestras sobre o assunto, mas no fim, o que teríamos? A teoria. Teríamos a pura e completa "desnecessidade" da teoria. Claro, entre aspas.
Um pretinho básico sempre dá certo.
O pobre acadêmico estudou como um desvairado e conseguiu formar-se em medicina, mas não teve uma aula prática sequer durante a faculdade. Na sua primeira cirurgia desmaiou. Descobriu ter medo de sangue.
Assim como um limão que só dá o seu sumo depois de espremido, alguns de nós talvez só dêem o seu melhor abatido e estourado. Talvez nós só descubramos nossas fraquezas e nossas forças no limiar da nossa capacidade. E é assim que a vida decidiu nos ensinar estas coisas. Pessoas são diferentes umas das outras, e elas vão lhe machucar. Às vezes sem querer, às vezes de propósito, mas vão, e isso é um fato. 
Cabe a nós decidir o que vamos aprender disso e o que não vamos. Cabe a nós ver onde erramos e onde precisamos melhorar. Cabe a nós, e somente a nós, recapear os buracos, reconstruir nossa estrada. 
Cabe a nós. 
E quando terminarmos, se estiver bem feito, não vai ser qualquer chuvinha que vai estragar o que construímos. Porque dessa vez, sabemos o que estamos fazendo. Dessa vez eu sei o que faço.




quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Apenas... Caminhando. Normalmente.

Sem comentários sobre minha falta de responsabilidade para com este blog. Minha vida social agitada e sem pudor, recheada de viagens, festas e noites de autógrafos roubam-me todas as horas sobressalentes, sobrando assim apenas algumas horas onde passo, ora fazendo a barba, ora vegetando, sem ligar para todos os meus leitores aflitos que esperam ávidos por mais um post, por mais que demore meio ano. Peço-vos perdão, já comecei meu auto-flagelo de 3 dias e 3 noites grudando e tirando a língua do congelador.
Bom, 2 entre 10 pessoas sabem que trabalho toda tarde. Sim, é um emprego e não, não envolve video games. 20% das pessoas que eu conheço não é muita coisa, portanto devo dizer que vou ao trabalho de ônibus que aliás está custando os zói da cara, tive que quebrar meu porquinho esse mês, e, quase todo dia quando eu embarco, lá está um rapaz com retardo mental. Ok, foi essa minha primeira impressão, e não me julgue, seria a sua também se o visse. Ele mantém os olhos entreabertos e o tempo todo olha para o nada, como que pensando. Pra falar a verdade, eu andei pesquisando, e, apesar do rapaz não ter síndrome de down, suas características são parecidas com as desse cara. ↓
Rapaz.

Aí você pode me falar: "Ah Caio, seu narigudo, isso não tem nada a ver, eu sempre fico olhando pro nada e não tenho retardo!" É, algumas vezes seria normal, mas você ficaria TODA a viagem de ônibus e TODO dia? "Sim rapaz, o que que tem? Eu sou assim!" É... mas... tudo bem.
Esse diálogo imaginário me fez pensar que, afinal, o rapaz pode ser normal e eu que era o retardado. Porém, com o passar dos dias, decidi que se não era doença, pelo menos eu podia definir que ele era definitivamente diferente. Passei a analisá-lo: a pasta na mão queria dizer que ele trabalhava, caminhar resoluto, cabelo cortado curto, olhar sempre para a frente, nunca para o chão, descia no ponto em fren... É ISSO! EUREKA! O OLHAR! E foi assim que decidi o que escrever.
A minha pseudo-convivência com o CACARÉ CAra com CAra de REtardado me fez pensar um pouco acerca de como eu caminho, e adivinha? Eu olho para baixo e não tenho a mínima ideia do porquê. Observei outras pessoas andando e a conclusão foi a mesma, a cada 7 passos mais ou menos, elas olham para baixo, e, incrivelmente, é isso que nos torna normal perante os olhos da sociedade. Por que?

Espremam seus cérebros e façam aquela veeelha analogia obrigatória de todo post, vamos, não é difícil.
Quem sabe até o Cacaré seja mais feliz que todos nós? Se olharmos para o chão a cada 7 passos dados na vida, como vamos nos focar no que está a frente? Resposta: não temos foco.
Imaginemos que o chão seja o presente, e, não só isso, a sujeira, a marca dos pés dos outros e quem sabe até suas próprias marcas: "Espera, já andei por aqui, já fiz isso!" Com os olhos fixos no que está por vir, você se desapega do que já passou SEM esquecer nada. É possível? Claro que sim, o Cacaré não caminha sem hesitação enquanto mantém o olhos altos? Temos uma carta na manga, ou melhor, nos olhos. É a chamada Visão Periférica, aquele velho truque de observarmos algo sem perder de vista outra coisa. Comumente usado pelos apaixonados para ver aonde a amada está indo sem fazê-la perceber, a visão periférica é o que permite que Cacaré caminhe sem tropeçar... experimenta. No começo, resista a tentação de olhar para baixo, é apenas um hábito! Com o passar dos anos é, anos, vai poder andar igual ao Cacaré, olhando para baixo apenas para descer as escadas. Sério, eu só vi aquele cara olhar para baixo para isso, e mal ainda.
Visão periférica.
Por favor, depois de lerem isso, não fiquem andando por aí sem olhar para baixo, porque além de parecerem retardados, não quero ser processado por eventuais tropeções e quedas que resultam em: dedo batido, joelho roxo, canela quebrada, arranhões, unhas arrancadas, xingamentos audíveis, pés fraturados e coisas desse tipo. O meu apelo no texto de hoje ou do trimestre, é que sejam sim como Cacaré, mas por dentro. No simples ato de se focar no futuro e "esquecer" as coisas que se passaram, está incluso o segredo de muitas coisas, inclusive do bem-viver. Todos nós conhecemos alguma pessoa amargurada, tristonha e que sempre reclama de algo... Não conhece? Ninguém gosta de estar perto ou até mesmo de falar com essas pessoas, mas procuramos saber o motivo? Talvez até estejam sentindo dor por alguma situação que passaram. Neste caso mostrem este texto para essa pessoa. Vão. Chamem-na, eu espero.




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Ah, oi, você é uma dessas pessoas que eu usei como exemplo?
Ou ainda é você, leitor primário?
Tanto faz, o que eu tenho pra dizer é único: Saibam que se priorizarmos o nosso olhar para o futuro, não vamos parecer retardados e sim visionários. Tropeçar? Não tem perigo, a nossa visão periférica dá conta de enxergar os obstáculos. Olhar para baixo de vez em quando? Não só podemos como também devemos, devemos lembrar de quem fomos e do que erramos para não cometer nada parecido de novo. O que não podemos é fixar os olhos no chão, nos nossos erros e esquecer de olhar para frente, caso contrário, batemos o cocuruto em um poste.
Seguramente, Cacaré nunca vai ler isso, mas graças a Deus, pessoas que realmente precisam, lerão, e, sinceramente, espero que tenha ajudado em alguma coisa. Só sei que dá próxima vez que eu ver meu muso inspirador tirarei uma foto com ele e postarei aqui. Palavra de honra. Se bem que minha última palavra de honra foi postar com mais frequência, o que me deixa sem honra e credibilidade, e, apesar de... Ah, quer saber, não falo mais nada, digo apenas que eu sou o único que conhece o verdadeiro Cacaré, durmam com isso.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Somos um Barato.

Acho que vou mudar o nome desse blog para Fênix do Juízo. Sério.
Aqui estou eu fazendo ele renascer das cinzas, como o Exterminador do Futuro, como vilão de novela, como uma barata depois de uma chinelada. Aliás...
Hoje eu serei realmente uma barata resurreta. Falarei as palavras que ela falaria se tivesse um cérebro. E língua. E um blog.
É verdade, como vocês acham que um baratão se sente após uma experiência de quase morte? - 1 minuto de silêncio para reflexão.

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Pensaram?
Nãaao, sem misticismo na parada, pensem de verdade... Ficariam felizes certo? Certo. Poderiam voltar a comer seus cocôs, andar pelos esgotos e a assustar esposas e namoradas na hora do jogo de futebol. Voltariam a levar suas vidas normalmente, mas enxergando como que por uma tela Widescreen, com muito mais visibilidade, tanto de cores quanto de oportunidades. Aliás, assistam filmes assim, recomendo. Porém, baratas não possuem cérebros, diferente de vocês, meus caros leitores, que tiveram a chance de ler textos como esse. Modéstia à parte.
A moral de hoje se baseia em perceber a oportunidade diária que vocês tem de viver e de aproveitar esse momento. Não se iludam pela sua força ou pela sua riqueza, somos todos frágeis, basta uma dengue para vermos isso. Um olhar torto de Deus pra você pode te fulminar, então sedes vigilantes irmãos...
Barata. Vocês.
Terça-feira eu ouvi a seguinte frase: "O dia mais importante da minha vida é hoje, pois o ontem é só uma lembrança da qual sentirei saudades e o amanhã é só um sonho de esperança." Isso resume bastante quase todo o meu texto que está por vir, se não levarmos em conta as baratas...
O certo é que nosso futuro é incerto. Ou alguém sabe onde e como vai estar semana que vem? Óbvio que planejamento é necessário, pois temos tanta certeza da vida quanto da morte. O problema é pensar que somos imortais, invencíveis, Highlanders, coisa que não somos nem nunca seremos. Podemos ler o Lanterna agora e daqui a pouco levar um tiro. Ou escorregar no banheiro, ou se engasgar com uma uva. É fato, pode acontecer, eu sei e você sabe, mas na maioria do tempo preferimos esquecer ou nem lembrar, como acharem melhor. Quando lembramos da morte, tentamos pensar em outra coisa, pois: "pensamento negativo atrai coisas negativas". MENTIRA, CALÚNIA, BULLSHIT! É, mentira, pode desligar o computador e contar isso pra vovó, eu espero.

Bom, por que é mentira? Em paaaaarte é verdade, porque quando estamos mal, vemos o mundo mal, o sentimos mal e fazemos as coisas mal, mas isso é uma outra questão, o caso aqui é que temos que pensar no pior SIM, fazer um seguro de vida, uma poupança, refletir se está agindo certo com as pessoas em volta de você... Porque sim, você morrerá.
Highlander
Não esperem levar uma chinelada para perceber a beleza da vida. Sorriam, façam amizades, corram atrás dos seus sonhos, entrem em sapatos e assustem os seus donos! Há tantas coisas para se fazer, tantas pessoas a se conhecer e só os temos adiado. Uma viagem não realizada, um mal-entendido complicado, um trabalho deixado de lado... Por favoooor jovens, não sabemos se estaremos vivos amanhã, façam o que devem enquanto podem, sempre pedindo ajuda de Deus, lhes garanto que será realizado. Mas logo, nada de semana que vem, você é uma barata e não uma fênix, fênix é o blog. HAHA.


terça-feira, 29 de março de 2011

Vou fingir que nem conheço...

Um dia desses lá estava eu caminhando através da floresta, com meu chapéu vermelho e uma cesta de doces na mão...


Mentira, estava de chinelo e debaixo do sol quente de Boa Vista.

Quando, ao longe, avisto um certo cabelo loiro de bicicleta. Ao chegar mais perto, percebi que era a moça do caixa da padaria perto da minha casa. Ela me viu, sorriu (não, nós não temos um caso), e parou ao meu lado. Eu disse boa tarde e ela perguntou porque eu nunca mais fui comprar pão. Meio agoniado pelo calor, respondi apressado, mas sorrindo. Depois de algumas outras perguntas ela foi embora e eu fiquei sozinho com meus pensamentos. Por que ela parou para falar comigo? Ela fazia isso com todos os clientes? Estaria ela me iludindo? Ó, pobre coração...

...

Cof, cof...
Enfim.
Cesta de doces.
Em verdade a verdade vos digo que, depois de um tempo percebi que o que me fazia diferente dos outros era o fato de ser cordial a todo momento. Isso eu falo abertamente justamente por não achar que esse ato seja, de fato, digno de vanglória. Deveria ser uma coisa praticada todos os dias em qualquer lugar por qualquer pessoa. Mas é o que vemos por aí?
Eu respondo. Não.
É sério, a educação está virando coisa rara. A política da boa vizinhança, embora às vezes soe meio falsa, ainda é necessária. Chega de brigas, de silêncio, de falta de educação, de palavrões, xingamentos, raiva e cara fechada. Se pedirem um favor, faça-o. Seja diferente, Dê bom dia, responda os bons dias. Com o tempo isso se torna um hábito e você nem percebe quando e nem como faz. Como eu com a moça da padaria. Ah, a moça da padaria...

Cof, Cof...
Voltando ao texto. Não estou dizendo que devemos dar uma de bom moço e cumprimentar a todos do seu prédio de trabalho, ou todos da rua, ou coisas extremas desse tipo. Apenas digo que algumas palavras ditas para um balconista, por exemplo, não mata e nem queima a língua. É falta de pensamentos como esses que vem rebaixando a nossa sociedade a um bando de mal educados que se mostram totalmente aversos a pessoas fora do seu campo emocional. Já pararam para pensar como algumas palavras,um aperto de mão, ou uma simples piscada pode elevar seu bom humor ou até sua auto-estima? As outras pessoas ao seu redor também sentem isso, pratique o ato saudável da boa educação. Pro seu próprio bem, pois um cara cordial se torna uma pessoa mais fácil de se conviver, acredite.

Cara, preciso comprar pão!