Um dia desses lá estava eu caminhando através da floresta, com meu chapéu vermelho e uma cesta de doces na mão...
Mentira, estava de chinelo e debaixo do sol quente de Boa Vista.
Quando, ao longe, avisto um certo cabelo loiro de bicicleta. Ao chegar mais perto, percebi que era a moça do caixa da padaria perto da minha casa. Ela me viu, sorriu (não, nós não temos um caso), e parou ao meu lado. Eu disse boa tarde e ela perguntou porque eu nunca mais fui comprar pão. Meio agoniado pelo calor, respondi apressado, mas sorrindo. Depois de algumas outras perguntas ela foi embora e eu fiquei sozinho com meus pensamentos. Por que ela parou para falar comigo? Ela fazia isso com todos os clientes? Estaria ela me iludindo? Ó, pobre coração...
Quando, ao longe, avisto um certo cabelo loiro de bicicleta. Ao chegar mais perto, percebi que era a moça do caixa da padaria perto da minha casa. Ela me viu, sorriu (não, nós não temos um caso), e parou ao meu lado. Eu disse boa tarde e ela perguntou porque eu nunca mais fui comprar pão. Meio agoniado pelo calor, respondi apressado, mas sorrindo. Depois de algumas outras perguntas ela foi embora e eu fiquei sozinho com meus pensamentos. Por que ela parou para falar comigo? Ela fazia isso com todos os clientes? Estaria ela me iludindo? Ó, pobre coração...
...
Cof, cof...
Enfim.
Cesta de doces. |
Em verdade a verdade vos digo que, depois de um tempo percebi que o que me fazia diferente dos outros era o fato de ser cordial a todo momento. Isso eu falo abertamente justamente por não achar que esse ato seja, de fato, digno de vanglória. Deveria ser uma coisa praticada todos os dias em qualquer lugar por qualquer pessoa. Mas é o que vemos por aí?
Eu respondo. Não.
É sério, a educação está virando coisa rara. A política da boa vizinhança, embora às vezes soe meio falsa, ainda é necessária. Chega de brigas, de silêncio, de falta de educação, de palavrões, xingamentos, raiva e cara fechada. Se pedirem um favor, faça-o. Seja diferente, Dê bom dia, responda os bons dias. Com o tempo isso se torna um hábito e você nem percebe quando e nem como faz. Como eu com a moça da padaria. Ah, a moça da padaria...
Cof, Cof...
Voltando ao texto. Não estou dizendo que devemos dar uma de bom moço e cumprimentar a todos do seu prédio de trabalho, ou todos da rua, ou coisas extremas desse tipo. Apenas digo que algumas palavras ditas para um balconista, por exemplo, não mata e nem queima a língua. É falta de pensamentos como esses que vem rebaixando a nossa sociedade a um bando de mal educados que se mostram totalmente aversos a pessoas fora do seu campo emocional. Já pararam para pensar como algumas palavras,um aperto de mão, ou uma simples piscada pode elevar seu bom humor ou até sua auto-estima? As outras pessoas ao seu redor também sentem isso, pratique o ato saudável da boa educação. Pro seu próprio bem, pois um cara cordial se torna uma pessoa mais fácil de se conviver, acredite.
Cara, preciso comprar pão!
Cara, preciso comprar pão!